Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil, Manutenção, Montagem, Estradas, Pontes, Pavimentação e Terraplanagem do Estado do Espírito Santo

Aracruz: cansados de esperar pelos patrões, trabalhadores da Petrobras entram em greve nesta segunda-feira

Data: 08/06/2009

É isso mesmo. A companheirada da empresa União Engenharia cruzou os braços na manhã de hoje reivindicando o cumprimento da nossa Convenção Coletiva de Trabalho e melhores condições de trabalho no canteiro de obras de construção do terminal de gasoduto da Petrobras, em Aracruz.

Cerca de 300 trabalhadores reivindicam da empresa, o pagamento da Participação nos Resultados (PR) referente ao período de setembro a dezembro de 2008, e à primeira quinzena de 2009, chegando a um total médio de R$ 500, 00, além de exigirem a reversão da suspensão por três dias de dois membros da CIPA, que foram punidos após reclamarem sobre a carne estragada presente da alimentação fornecida aos funcionários pela empresa.

Na longa pauta de reivindicação da companheirada ainda constam o pedido de pagamento das horas in tinere - referente ao deslocamento de Aracruz-sede até o canteiro de obras - e um adicional de periculosidade de 30% em função da atividade perigosa envolvendo gasoduto da Petrobras.

A greve só foi deflagrada após o fracasso de várias reuniões com a empresa. Desde fevereiro deste ano, a diretoria do sindicato vem chamando a empresa para discutir as irregularidades nos canteiros de obras tanto de Aracruz como também de Piúma.

Uma das reuniões aconteceu no último dia 25 de março na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), onde a empresa firmou compromisso de debater a proposta levantada pelo mediador com a diretoria da União para solução dos problemas.  
 
A categoria vai sim permanecer parada por tempo indeterminado. Nessa terça-feira (09/06), às 13 horas, acontece uma reunião entre o Sintraconst e o Ministério do Trabalho, que participa da mediação das negociações. A greve deverá atingir também os funcionários da empresa na cidade de Piúma.

Inconformados com a paralisação dos trabalhadores, a empresa retirou o transporte dos trabalhadores. Segundo o companheiro, Erci Nicolau, assim que a paralisação foi decretada pela assembleia, a União Engenharia retirou o transporte deixando a categoria ilhada no meio do eucalipto, tendo que caminhar por 3 km até alcançar a rodovia, onde puderam utilizar transporte coletivo.

Redação:
Lucas Inácio
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