Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil, Manutenção, Montagem, Estradas, Pontes, Pavimentação e Terraplanagem do Estado do Espírito Santo

Homem infarta durante o trabalho em Vila Velha e colegas dizem que socorro demorou

Data: 21/04/2011

O operário de obras Márcio Cláudio da Silva Ferreira, 36 anos, morreu nesta terça-feira (19) após sofrer um infarto enquanto trabalhava na Praia da Costa, em Vila Velha. Os funcionários do local afirmaram que o resgate do SAMU 192 demorou cerca de 40 minutos para chegar. A Secretaria de Estado da Saúde informou que os solicitantes não souberam informar a gravidade do problema, por isso a demora no atendimento.

Márcio Cláudio havia reclamado de dores no peito, nesta segunda-feira (18), e havia sido liberado pela empresa para realizar exames médicos. Nesta terça-feira, após sofrer um ataque cardíaco, o colega de trabalho dele, Cleidinaldo Ribeiro, informou que Márcio ainda respirava enquanto aguardava atendimento do SAMU 192.

"Ele chegou cedo para o trabalho e reclamou que estava suando frio. O socorro chegou depois de uns 40 minutos, ele respirou por 10 minutos e depois parou de respirar. É uma perda muito grande. Ele era uma pessoa muito extrovertida, sempre brincava com a gente. Vai deixar saudade", disse o operário.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Obadias Filho, esteve no local nesta manhã e disse que o caso não foi caracterizado como acidente. Márcio estava trabalhando no andar térreo da obra, enquanto preparava massa de cimento. "O trabalhador, de acordo com a administração local, se queixou de dores no tórax. Agora pela manhã ele sofreu um ataque fulminante, então não houve o acidente."

O outro lado

O coordenador médico do SAMU 192, Alexandre Luiz Bittencourt, alega que não houve atraso no resgate. Segundo ele, foram realizados dois chamados - um deles cancelado - e, após a segunda ligação, o serviço levou 20 minutos para chegar ao local.

"Não ocorreu atraso. Houve uma ligação em que o próprio solicitante informou que já estavam socorrendo por meios próprios cancelando o chamado. Só depois retornou a ligação e, nessa segunda chamada, tivemos um problema. Tiveram que chegar na quarta pessoa para nos dar as informações e gerar o recurso adequado", justificou o coordenador do SAMU 192.

Fonte: (A Tribuna).


 

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