Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil, Manutenção, Montagem, Estradas, Pontes, Pavimentação e Terraplanagem do Estado do Espírito Santo

Trabalhadores paralisam obras em todo o Estado

Data: 18/04/2012

Os trabalhadores da construção civil e montagem estão mostrando aos patrões que não estão para brincadeira. Quando seus direitos são desrespeitados, eles se organizam e chamam o sindicato. O resultado tem sido uma série de greves pipocando por todo o Estado. Em Aracruz, os companheiros trabalhadores na Mendes Júnior estão parados desde o dia 29 de março, num movimento de paralisação que já dura 20 dias.

Eles reivindicam reajuste salarial de 20% além de ampliação de direitos econômicos e sociais. Outra reivindicação imediata em Aracruz e região é que a Polícia Militar cumpra o seu papel de proteger a população e pare de agir como empregada da Mendes Júnior. A situação é tão grave que um militar graduado na corporação afirmou para o sindicato que duas pessoas foram assassinadas na região por que a PM não faz o seu papel de vigilância e proteção junto às comunidades, preferindo trabalhar como segurança privada da Mendes Júnior.


Qual o papel da PM?

A Polícia Militar do governador Renato Casagrande, desde o início do atual governo, tem agido com truculência com os movimentos sociais em geral. Foi assim com a comunidade de um assentamento em Barra do Riacho, onde a desocupação do local se deu de forma violenta. Foi assim por duas vezes com estudantes protestando contra o aumento do preço das passagens de ônibus, com cenas de guerra em pleno centro de Vitória. E tem sido assim com o movimento sindical em várias ocasiões. Trabalhadores metalúrgicos, comerciários e da construção têm sentido o peso da mão da polícia do Espírito Santo, acompanhado de balas de borracha e spray de pimenta.


Ora os trabalhadores e os movimentos sindicais reivindicatórios não podem ser vistos pelo governo do estado como criminosos. E não é papel da polícia julgar movimentos e agir com truculência de acordo com esse julgamento. O governador Renato Casagrande precisa dizer para a sociedade qual é a relação que seu governo quer ter com os movimentos sociais.

 


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